Quem matou a Jesus, literalmente, foram os Judeus ou os Gentios?
Mat. 27:
15 ao 25
Em uma época especial em minha vida, passei a me interessar pelos nossos irmãos
“Judeus Messiânicos”. Ao estudar a literatura dos mesmos, tomei conhecimento do
combate, deles, ao anti - semitismo “Cristão”. A maioria deles acha que os
Cristãos os discriminam e os acusam por todos os males praticados contra os
Profetas do Senhor, inclusive ao próprio Senhor Jesus. Eles, em defesa própria,
acusam os gentios, Romanos, pela execução do Filho de Deus. O que dizer ou
pensar sobre tal tema?
Antes
de “mergulharmos” no assunto, que é profundo e apaixonante, quero contar o
testemunho do que me levou a pesquisar sobre esse tema. Estava em um dos
“campos missionários” no qual o Senhor, por SUA misericórdia, me permitiu
servir; passando por algumas dificuldades financeiras. A Secretaria Regional de
Missões não estava conseguindo cumprir com o mínimo prometido, porém, o Senhor,
com SUA MÃO estendida, não nos deixava faltar nada.
Naquela
época, uma linha telefônica era caríssima e o celular ainda estava sendo
“gerado”. Comunicarmos-nos, à distância, era bem difícil. Mesmo assim, tínhamos
alguns convites para pregarmos em algumas Igrejas, do Rio, e recebermos algumas
“ofertas de amor”. Assim que foi possível, viajamos e deixamos, para trás,
nosso “campo”, nossa esposa e dois filhos.
Depois de algumas semanas, na casa da minha mãe, já pensando em
regressar, participávamos de um culto de oração, quando uma irmã, por revelação
e profecia, fala de uma criança que estava passando por sérias dificuldades,
que deveria ser “resgatada” por um servo, ali presente, e levada com o mesmo.
Confesso que meu coração deu uma “pontada” terrível, porém, a Igreja estava
cheia e esse servo poderia ser qualquer um.
Estava arrumando as minhas malas, para viajar no dia seguinte,
quando a irmã chegou, na casa da minha mãe, e perguntou: “Já está indo”? Ao que
eu, respondi: “Mas um dia ou dois e estarei pondo o ‘pé na estrada’. Ela disse:
E a criança?” Minhas pernas tremeram, me sentei no sofá e comecei a chorar.
“Como Senhor? Vim ao Rio de Janeiro para conseguir recursos financeiros e o
Senhor quer me dar mais ‘um filho’ para criar?”
Quando me casei, tivemos dificuldades para termos nosso primeiro bebê.
Minha esposa engravidava e perdia. Engravidava e perdia. Em uma dessas
gravidez, havíamos preparado muita coisa para o nosso bebê, inclusive o
quartinho dele. Uma das “primas” da minha esposa acabara de dar a luz a um
lindo bebê. Ela já tinha um filho de um relacionamento e, agora, não estava
vivendo com o pai do bebê, atual. Minha esposa perdeu mais esse e, depois de
muita conversação, ficou decidido que criaríamos, por um tempo, o bebê dessa
sua “prima”.
Ele foi, para nós, como o nosso primeiro filho. Tudo que daríamos
ao nosso bebê entregamos a ele. Após, mais ou menos um ano, depois de muitas
orações e lágrimas, minha esposa engravidou, de novo, e o médico recomendou
cuidados e repouso absoluto. Devolvemos a criança a sua mãe e aguardamos, em oração,
pela chegada do nosso bebê. Chegou o Gabriel. Nós o chamamos assim, porque,
para nós, era como se ele fosse um “anjo de Deus” em nossas vidas. Nossa vida
prosseguiu e, mais ou menos três anos após, veio a Gabriella e, agora, mais de
sete anos decorridos, o que estaria acontecendo com aquele menino?
Fui visitá-lo, lá no alto da Comunidade da Rocinha, e ele me
recebeu com um sorriso muito lindo. Conversei com sua mãe e perguntei: “Se eu
quiser levá-lo, comigo, para Mato Grosso, você deixa”? Ela disse: “Só se for
agora”! Então eu respondi:
- “Arrume
as 'coisas dele' que eu volto para buscá-lo”. Saí preocupado e pensativo.
Como explicar a minha esposa que tinha vindo ao Rio, em busca de recursos e,
agora, estava voltando com mais um “filho” para nós criarmos? Você deve estar
perguntando: “E o que tem toda essa história com o estudo sobre os “Judeus
Messiânicos”? Aguarde o desenrolar da mesma e você entenderá tudo.
Existia, naqueles
dias, uma consagração muito conhecida, na Igreja do Catete, sob a direção do
Pastor Adalberto Queiroga. O Espírito Santo me orientou que eu fosse participar
da mesma. Era sábado, saí cedo e nem com a minha mãe falei onde estava indo.
Ajoelhei lá no último banco, e fiquei em silêncio, aguardando uma
direção, do Senhor. Estava preocupado e inseguro com o que estava acontecendo.
A irmã, que estava dirigindo a Consagração, me viu e resolveu me dar uma
oportunidade. A boca fala o que está no coração e, após falar do trabalho em
Mato Grosso, contei o “drama” que estava vivendo, ao regressar com mais um
“filho” para criar. Sentei-me e uma irmã levantou o braço, pedindo uma
oportunidade. Ela disse: ”Já tem algumas semanas que não compareço a essa
Consagração. Hoje, porém, o Espírito Santo me incomodou e disse que precisava
que eu estivesse aqui, pois, queria contar com minha ajuda para um servo,
DELE.” E continuou: ”Missionário, fique tranquilo, pois, o Senhor está nesse
“negócio”. Dê-me o número da sua conta e eu ficarei responsável pelo sustento
financeiro do menino.”
Cheguei bem, em Mato grosso, e minha esposa entendeu e aceitou a
vontade do Senhor. O menino foi uma bênção em nossas vidas. Quando ele estava
conosco, ela engravidou do Gabriel. Agora, depois de termos um casal, os
médicos disseram que ela não poderia mais engravidar. Ela perdera uma das
trompas, além de ter outros problemas uterinos. Após ele estar a alguns meses,
conosco, eis que minha esposa se encontra grávida, outra vez. Apesar das
advertências médicas, o Miguel nasceu bem e muito abençoado.
O nome desse menino é Diogo e, aos doze anos, o batizei e ele foi,
em nossas Congregações, um verdadeiro Diácono, totalmente dedicado ao trabalho
do Senhor (abria e fechava a Igreja, arrumava e limpava o templo… tudo que
deixasse ele fazer, ele fazia). Um dia, a Irma Janete Noce (que,
carinhosamente, eu chamava de Missionária), que tinha mudado do Rio para Cuiabá
e nos ajudado a realizar o sonho de abrir nossa Igreja, na Capital; resolveu
viajar para Israel. A “Missionária” trouxe muitas lembranças de lá. Ela deu, para
o Diogo, por ver, nele, um grande interesse pela Nação de Israel, vários
objetos que ela trouxera. Entre outros, ela lhe deu um “Candelabro” e umas
pedras que diziam ser do “Santo Sepulcro”, lugar onde Jesus fora enterrado.
O Diogo se apaixonou, tanto, por esse tema, que começou a manter
contato com Comunidades Judaicas Messiânicas, que ofereciam cursos e
informações sobre o assunto. Como lá em casa meus filhos se chamavam Gabriel e
Miguel, passei a chamá-lo de Israel e ele amava ser chamado assim. Várias vezes
eu tive que mandá-lo levar o Candelabro para casa, pois, ele o trazia e o
colocava no altar. Um dia, ele teve que partir (não quero contar os detalhes
dessa dolorosa partida). Porém, como o Senhor falou a Abraão, falou a mim,
também: “Faça o que Sara está pedindo. Eu serei com o menino.” Ele se foi e,
após alguns meses, entrou em contato dizendo que era Judeu Messiânico e que
iria se circuncidar e ganhar um novo nome.
A única Igreja Wesleyana que o conheceu, como Judeu Messiânico, foi
a de Campos do Jordão. Estava Pastoreando lá, quando ele veio me visitar e
usando aquele “quiparzinho”, fez uso da oportunidade e, diante de toda a
Igreja, falou e cantou coisas em Hebraico. Falou que iria para Israel e que
iria se casar com uma Judia (não sei se de sangue ou de religião, como ele). Aí
está a explicação para o meu interesse pelo estudo da fé dos “Judeus
Messiânicos”.
Respondendo a pergunta do texto, é claro que foram os Judeus que
mataram a Jesus. Nenhum outro povo, sobre a terra, teria “dignidade” para
tamanha missão. É isto mesmo que você leu. Matar o filho de Deus era mais uma
das importantes missões que o povo Judeu tinha que executar, em benefício de
toda a humanidade. Você crê que Jesus é o “Cordeiro de Deus”? Pois bem, o
cordeiro só podia ser sacrificado pelo Sacerdote. Durante séculos, Israel foi a
“Nação Sacerdotal” e a “Nação Profética”, para o mundo. Agora, o auge da sua
missão, era executar o filho de Deus. Davi foi o executor de Urias, ainda que
Joabe e outras pessoas estivessem envolvidas. Os Romanos foram, somente,
instrumentos desse ato. Quem cumpriu a missão de sacrificar o “Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo”, foram os Judeus.
Alguns Cristãos parecem querer crer que Jesus poderia ser aceito e
não morrer. Claro que não! Isto resolveria o problema da humanidade presente. O
que seria da humanidade do passado? Daqueles que morreram na fé e, por isso,
sacrificaram animais e ofereceram sangue, para terem os pecados perdoados? Isto
era, unicamente, uma simbologia da realidade que estava por vir (uma linguagem
figurada). O Apóstolo Paulo afirma que “Jesus é o Cordeiro de Deus, que foi
morto antes da fundação do mundo”. Certamente a Trindade, que tudo sabe, ao se
reunir para criar a humanidade e o planeta, sabendo o rumo que tudo iria tomar,
decidiu que O FILHO teria a missão de resgatar os homens perdido. Como? No
devido tempo, morrendo por eles (se comprometeu em morrer, antes da fundação do
mundo).
Tem um momento, que Jesus deixa claro essa missão, quando explica:
“Falo, a eles, por parábolas, para que não entendam não se convertam e EU não
os “cure” (os salve).” Eram poucos, os que, naqueles dias, caminhariam com o
Senhor. Se toda a Nação de Israel se convertesse, ninguém mataria o “Cordeiro
de Deus”. Existem textos apócrifos que falam de Reinos que queriam Jesus
morando lá. Ele era uma bênção para qualquer governante. Mandava obedecer as
Autoridades, pagarem os impostos, curava enfermos, multiplicava pães... Qual o
Governo que não precisa disso? Os Romanos tinham certeza da inocência DELE.
Jesus só era transgressor para a Nação de Israel. Sim, esse povo
eram os “guardadores da velha aliança”. Por mais errados que fossem, eram o
“Povo mais Santo, da terra”. Sim, queridos (as), as Nações eram depravadas,
idólatras, feiticeiras… etc. Só o povo de Israel guardava a Lei de Moisés e os
Mandamentos do Senhor. O Senhor trás, a SEU TEMPO, a Nova Aliança e a mesma
tem, em seu conteúdo, novidades inadmissíveis para os líderes, zelosos e
intérpretes, a seu modo, dos mandamentos do Senhor (de Moisés). Quem era
Jesus? Um Levita? Um Sacerdote? Um Escriba ou Mestre da Lei? Como ELE se
atrevia a falar em nome de Deus? Que novidades eram aquelas? Só podia ser um
louco, digno de castigo e morte por tantas “tolices” ensinadas e praticadas.
Portanto, queridos (as), a Nação de Israel, como “Nação
Sacerdotal”, imolou o “Cordeiro de Deus”. Este sacrifício, oferecido por esse
sacerdote, de acordo com os planos do Senhor, fez cumprir todas as Profecias
(nem o diabo e nem todo o inferno pôde impedir isso) e “cheirou bem, às narinas
de Deus”. Encerrou, para sempre, os sacrifícios humanos e de animais e hoje,
por esse sangue imaculado e maravilhoso, toda a humanidade, do passado, do
presente e do futuro pode, resgatada e redimida, se apresentar, salva e
santificada, diante do Senhor de toda a terra.
Amém?
Maranata!
Pastor e Professor
José Pereira Sotéro. Atualmente dono do blog:
OBREIRO APROVADO.
(Link para
blog: http://prsotero.blogspot.com/)
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